Que rica semana!

Vi-me obrigado a não poder actualizar o blog esta semana, perdendo uma das melhores semanas dos últimos tempos protagonizadas pelo PSI-20( e tambem pelos outros índices europeus) nos ultimos tempos.
Uma semana que, quer na Europa quer em Portugal, todos os índices nao só se valorizaram como os seus principais papeis valorizaram bastante. Apesar de muitas subidas e muitas notícias terem aparecido, vou-me debruçar só sobre algumas das cotadas:
Jerónimo Martins- Apesar de não ser noticiada com frequência já que a sua liquidez é bastante menor comparada com as outras empresas, a JM subiu significativamente dos 16.5 para passar a barreira dos 17 euros por acçao. A JM sem dúvida que é uma empresa com grande interesse em seguir já que a sua cadeia de supermercados Biedronka na Polónia é um investimento com elevadas taxas de retorno não só por ser um país em emergência, mas também pela futura integração da Polónia no Euro o que vai levar a um ainda maior acréscimo nos lucros da sucursal da JM. No entanto, é fácil de identificar algumas"manobras" levadas a cabo neste papel. Acabou a semana a passar a barreira dos 17 muito facilmente(tal como quando andava por volta dos 14euros houve uma brusca subida do papel), nao havendo nenhumas notícias relevantes para tal facto acontecer(mesmo tendo em conta o facto de a Julius Baer ter reforçado a sua posiçao, a JM tinha chegado ao fim desse dia aos 16,56). Se por acaso se analisar a ultima sessao da semana, a JM foi a segunda menos transaccionada, havendo uma maior volatilidade no preço que, penso que foi inteligentemente usada para quebrar a barreira dos 17(sim, porque afinal passou a barreira dos 17 só mesmo no final da sessao). Provavelmente continua a ser um papel apetecido, mas tem sido alvo de algumas"manobras" no mínimo estranhas....
Altri- é interessante como numa semana tao agitada a Altri, papel sempre movimentado muito por parte de fundos de investimento e investidores relevantes, viu a sua cotaçao desvalorizada em um centimo ao longo da semana. Pode não ser nada de especial, mas penso que se pode concluir que mesmo numa "conjuntura positiva" na bolsa a Altri nao revelou nenhum crescimento(mesmo estando a cerca de 20centimos dos 4euros), o que leva a crer que, caso nao haja nenhuma surpresa a Altri a curto prazo nao passará a barreira dos 4.
EDP- outra empresa que nao foi tomada como a protagonista da semana foi a EDP que fez uma compra interessante da Agrupación Eólica por 346 milhões de euros. Ora bem, um problema de grande parte dos investidores na bolsa é serem short-minded. Nao conseguem ver para alem do curto-prazo, e isso viu-se pelo comportamento moderado da cotaçao da EDP ao longo da semana. A Agrupación Eólica permite duas importantes metas que suponho que tenham sido traçadas pela admnistração da eléctrica nacional: Continuar a investir na potencialidade das energias renováveis(principalmente eólicas) e aumentar o peso da eléctrica no país vizinho. Com esta aquisiçao, a EDP vai obviamente ter mais retornos a médio\longo prazo que serão visiveis nos seus resultados...e só aí é que alguns investidores acordam e decidem comprar....
BCP- o BCP brilhou no último dia da semana com os supostos rumores de ser alvo de uma OPA em que o preço pago por acçao seria de 3,5 euros. Rumor esse que teve uma resposta interessante por parte de Paulo Teixeira Pinto: "Os 10 mil milhoes não nos protegem de uma OPA".
Pois bem, realmente a venda por parte do BPI da sua posiçao no capital do BCP pode ser um bocado suspeita e realmente sendo o banco La Caixa efectivamente o comprador das acçoes que o BPI quer vender, dá-nos um dado bastante importante. No entanto, o cenário de uma possível OPA sobre o BCP não é válida pelo menos para já porque, recorrendo a uma noticia de 15 Março de 2006 no Diário Económico, lê-se:
"O BCP prepara-se para iniciar contactos com os principais accionista do BPI – La Caixa, Itaú e Allianz, Arsopi e grupo Violas – para apurar do seu interesse numa eventual troca das suas actuais participações no BPI por acções da instituição que vier a resultar da fusão entre os dois bancos, isto caso a oferta pública de aquisição (OPA) seja bem sucedida.".
Como tal, a notícia da venda das acções por parte do BPI fazem parte da estratégia do BCP em assegurar o sucesso da OPA sobre o BPI e não uma possível OPA sobre o BCP. No entanto, no futuro nunca se sabe se alguma destas instituiçoes estará interessada em tal medida.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home